Na física Newtoniana, sob as hipóteses padrões da astrodinâmica um sistema com dois corpos de um objeto solitário orbitando uma massa esférica iria traçar uma elipse com a massa esférica no foco do sistema. O ponto de maior aproximação, denominado periastro (e para o Sistema Solar em particular, periélio), é fixo. Existe inúmeros efeitos presentes em nosso sistema solar que causam a precessão do periélio dos planetas que translam em torno do Sol.
Estes efeitos são principalmente por causa da presença de outros planetas, que perturbam suas órbitas mutuamente. Outro efeito é a oblitude solar, que produz apenas uma pequena contribuição. A taxa anômala de precessão do periélio da órbita de Mercúrio foi reconhecida primeiramente em 1859 como um problema da mecânica celeste, por Urbain Le Verrier. Sua reanálise das observações do trânsito de Mercúrio disponívels sobre o disco solar entre 1697 e 1848 mostraram que a taxa atual da precessão estava em desacordo com a calculada a partir da teoria de Newton, por uma quantidade estimada inicialmente como 38 segundos de arco por século e posteriormente estimada em 43 segundos de arco.[1]
Na teoria da relatividade geral, esta precessão remanescente, ou mudança na orientação da elipse orbital dentro de seu plano orbital, é explicada pela gravitação sendo mediada pela curvatura do espaço tempo. Einstein demonstrou que a relatividade geral predizia exatamente a diferença observada no periélio mercuriano. Este foi um poderoso fator motivante para a adoção da teoria de Einstein.
O objeto que aparece na equação da geodésica é chamado de conexão (um dos símbolos de Christoffel), e representa uma medida de quanto um dado referencial não é inercial. Nos referenciais inerciais as conexões são sempre iguais a zero.
Assim, uma vez que as geodésicas são diferentes, as geometrias do espaço-tempo nos dois casos são diferentes. Isso é uma característica puramente geométrica do espaço-tempo, que deve ser expressa em função apenas das suas propriedades.
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